terça-feira

Em Azeitão, José Sócrates presidiu à assinatura dos contratos do PARES III

Jornal "O Setubalense", de 8 de Outubro de 2008

Acompanhado pelo ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, o primeiro-ministro presidiu, ontem, à cerimónia de lançamento da primeira pedra da creche da Casa do Povo de Azeitão e também esteve presente na assinatura dos contratos do Programa de Alargamento da Rede de Equipamentos Sociais – PARES III. José Sócrates frisou a importância deste conjunto de novos equipamentos para as famílias portuguesas e principalmente para a população da Área Metropolitana de Lisboa.
“Estamos a recuperar o tempo perdido!”. Foi esta a expressão mais presente no discurso do primeiro-ministro, durante a cerimónia de assinatura dos contratos do PARES III, relativos à Área Metropolitana de Lisboa. Com o programa PARES “queremos construir cerca de 590 novos equipamentos e fazer um investimento de 400 milhões de euros, mas fazemos isso com a consciência de quem tem que recuperar o tempo perdido!”, sublinhou José Sócrates, referindo ainda que “não há memória, em trinta anos, de tanto investimento centrado em novos equipamentos sociais”.
Estes equipamentos sociais são, para o governante, “indispensáveis para o país se desenvolver, acentuando as suas marcas de solidariedade e justiça social”. Falando para uma plateia repleta de responsáveis por Instituições Particulares de solidariedade Social, Sócrates explicou que “a melhor forma de ajudarmos as famílias portuguesas é construirmos rapidamente este conjunto de equipamentos sociais”, destacando as creches, que revela constituírem “um sinal claro para as famílias jovens de que vamos investir numa área para melhorar a compatibilização entre a vida profissional e a vida familiar.
O primeiro-ministro evidenciou ainda a relevância deste investimento nas áreas metropolitanas (de Lisboa e Porto), porque são as áreas em que “temos as mais significativas dificuldades em obter um lugar numa creche”.
O secretário de Estado do Trabalho e da Segurança Social, Pedro Marques explicou que o objectivo desta terceira fase do programa PARES é “acentuar a taxa de cobertura de creches nas duas áreas metropolitanas”, nas quais se propõe a aprovação de 82 creches e de mais de 4 mil e 400 lugares em creches, num investimento de 50 milhões de euros.
Só na área metropolitana de Lisboa, vamos ter 45 novas creches com mais de 2500 lugares, que, para Pedro Marques, representam “2500 famílias que vão encontrar novas respostas no âmbito deste programa”.
O responsável adiantou ainda que, antes da implementação do PARES, o distrito de Setúbal tinha uma taxa de cobertura de creches de 21 por cento, e que, com esta terceira fase, “vamos atingir uma taxa de 33,6 por cento”. Algo que vai ao encontro do compromisso com a Comunidade Europeia de atingir uma cobertura de 33 por cento em creches até 2010, a nível nacional, uma meta que “acreditamos que seja possível atingir já em 2009”, indicou o Secretário de Estado.
O ministro do Trabalho e da Segurança Social frisou o carácter “especial” da assinatura daqueles contratos que representam “um compromisso firme e definitivo”. “Esta assinatura traz associada, um contrato de apoio ao funcionamento e não apenas ao investimento”, explicou Vieira da Silva. “Logo que a obra estiver concluída, o acordo de cooperação será imediatamente assinado, o que significa que, em média, cada criança que vai utilizar estas creches terá um apoio público que anda na ordem dos 233 euros por mês”, revelou o Ministro.
Também Maria das Dores Meira não quis deixar de mostrar a sua satisfação pela assinatura de tais contratos que constituem “uma resposta social que todas as instituições anseiam e que vai dar resposta a muitas necessidades que são sentidas pelas nossas famílias”. No entanto, a presidente da Câmara de Setúbal caracterizou esta resposta como “ainda insuficiente para as carências do nosso distrito”, mas que, “paulatinamente está a ser resolvida”.
Após recitar o poema “O sonho”, de Sebastião da Gama, o presidente da Casa do Povo de Azeitão, Francisco Almeida, revelou-se satisfeito “pela concretização deste sonho, a construção de uma nova creche e assistir ao aumento do número de respostas sociais”.
Foram cerca de 25 os contratos assinados ontem, entre algumas IPSS da Área Metropolitana de Lisboa, o Instituto da Segurança Social e o Ministério da Segurança Social, que correspondem à contratualização de 1433 lugares em creche. Entre eles esteve a APPACDM de Setúbal, que terá uma nova creche, com 33 lugares, daqui a dez meses; a Associação Baptista Shalom, na freguesia de Gambia, Pontes, Alto da Guerra, com um investimento público de 380 euros; a Associação Professores e Amigos das Crianças do Casal das Figueiras, que vai contar com 66 novos lugares e um investimento público de 350 euros. Assinaram contrato instituições de outros locais como Almada, Cacém, Barreiro, Cascais, Amadora, Sesimbra, Palmela, Sintra, Montijo, Oeiras, etc.


Vera Gomes

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