quarta-feira

Ecologistas contra projecto turístico na mata de Sesimbra

Jornal "Diário de Notícias", 25 de Abril de 2006

As associações ambientais querem ver chumbado o novo Plano de Pormenor da Zona Sul da Mata de Sesimbra, que consubstancia um empreendimento turístico de grandes dimensões naquela área. O excesso de ocupação (8 mil alojamentos para 30 mil pessoas) e questões de planeamento deixam insatisfeitos os ambientalistas, que desconfiam do projecto promovido pela empresa Pelicano, seguindo os princípios de sustentabilidade estabelecidos pela World Wildlife Fund (WWF).
A Liga para a Protecção da Natureza, a QUERCUS - Associação Nacional de Conservação da Natureza, e o Grupo de Estudos de Ordenamento do Território e Ambiente (GEOTA) dizem que os problemas se sobrepõem às virtudes. Pode ainda ler-se na conclusão do documento que "este tipo de projectos, com carácter demonstrativo de construção sustentável com o carimbo da WWF, são favoráveis ao desenvolvimento urbano do país desde que os benefícios sejam de facto compensatórios". Os ambientalistas acrescentam que isso pode ser atingido com dimensões de ocupação menores ou com projectos de reabilitação de zonas degradadas a necessitar de requalificação.
Entre as principais preocupações constam o crescimento populacional que se pode tornar insustentável em Sesimbra com a população residente e flutuante a duplicar num período de dez anos, o excesso de carga turística e a falta de garantias para acções de gestão ambiental. Para além disso, os objectivos planeados de redução de consumo de energia, resíduos e água podem não estar garantidos se os utilizadores forem turistas e abdicarem de adoptar comportamentos ambientalmente correctos."
O princípio do projecto, na dimensão e localização, não nos parece correcto", diz Aline Delgado da Quercus, que privilegia a contrução de raíz em áreas industriais próximas como o Seixal e Barreiro. A dirigente teme que não seja cumprido o Plano de Gestão Ambiental por "requerer esperar financiamentos que podem não vir".
Carlos Costa, presidente da GEOTA, afirmou ser "difícil tentar compatibilizar um conceito correcto com a sua aplicação numa situação desajustada". Em declarações ao DN, assumiu estar de "pé atrás face à pretensa bondade deste projecto", que classifica de "turístico e imobiliário disfarçado com as roupas bonitas" do ambiente. "Estranhamos o envolvimento da WWF e por que escolheram esta zona de grande qualidade ambiental", conclui.
O advogado Sá Fernandes pretende avançar com uma providência cautelar para suspender o Plano de Pormenor, argumentando que a informação disponibilizada durante a discussão pública, que terminou segunda-feira, foi insuficiente.

sábado

Dois jovens estão perdidos na serra da Arrábida

“Jornal de Notícias”, 10 de Abril de 2006

Dois jovens perdidos na serra da Arrábida desde hoje de manhã, estão a ser procurados por equipas de resgate marítimo e terrestre dos bombeiros de Setúbal e já foram contactados por telemóvel, disse um responsável pelas buscas.
"Os dois jovens estão bem de saúde, não estão feridos e comunicam connosco por telemóvel. O único problema é que se perderam e não conseguem descobrir o caminho para saírem do local onde estão", disse Mário Macedo, dos Bombeiros Sapadores de Setúbal.
"Fomos alertados cerca do meio-dia e activámos de imediato a equipa de resgate que vai tentar localizar os dois jovens por via terrestre e por via marítima", acrescentou o comandante dos bombeiros.
De acordo com o mesmo responsável, pelas indicações dadas aos bombeiros os dois jovens devem estar algures na zona do Risco, na fronteira entre os concelh os de Setúbal e Sesimbra.
"Julgamos que os dois jovens se encontram numa zona conhecida, onde os nos sos homens fazem exercícios regularmente, e que serão localizados dentro de pouco tempo, até porque ainda temos muitas horas de luz", concluiu Mário Macedo.

Pesca do tubarão azul entusiasma profissionais

“Jornal de Notícias”, 10 de Abril de 2006

Em princípios do próximo mês, uma mão cheia de embarcações de pesca tradicional de Viana do Castelo deve começar a rumar em direcção aos portos da região centro do país com um único objectivo o de pescar tubarões. Concretamente, o tubarão azul, mais conhecido por tintureira. A saga, tida como "mais rentável" para os profissionais da região, assinala o regresso à faina deste tipo de peixes por parte da comunidade piscatória alto-minhota, seguindo-se à epopeia do barroso (tubarão de águas profundas), em que estiveram envolvidas dezenas de embarcações e centenas de profissionais da região, há perto de 20 anos.Ao precisar que muitos foram os marítimos que dedicaram mais de uma década à faina do barroso, cujas campanhas chegavam a prolongar-se, nos últimos tempos, por três e quatro dias, Carlos Gonçalves, pescador de Viana do Castelo, que trabalhou no primeiro barco da região a fainar estes peixes, o "Santa Luzia no Monte", assinalou "começámos a pescar o barroso por volta de 1986, devido, em grande parte, à procura desse peixe por compradores da Região Sul, com destaque para comerciantes de Sesimbra, que arrematavam todo o pescado". Uma vez comercializado, ao barroso era-lhe retirado o fígado que, segundo muitos, teria por destino o Japão e a indústria farmacêutica e de cosmética aí estabelecida. Porém, a queda do preço em lota aliada à crescente dificuldade e correspondentes encargos em capturar este tubarão de águas profundas (era pescado à linha a uma profundidade que variava entre os 800 e mil metros) viriam a ditar o fim das campanhas, agora substituídas, durante os meses de Verão, pela da tintureira, realizada entre os portos de Aveiro e da Nazaré."São os melhores meses para a captura deste peixe", assegura José da Guia, dos primeiros pescadores de Viana do Castelo a regressar à faina do tubarão. As campanhas, participadas, no ano passado, por pouco mais de meia dezena de embarcações da cidade, prolongam-se por cinco dias, destinando-se a esmagadora maioria do pescado a lotas da vizinha Galiza. "O peixe atinge aí valores muito mais elevados que em Portugal. É evidente que também gastámos mais dinheiro com isso, mas o esforço tem, até ao momento, compensado", assegurou. A exemplo do que se passava com o barroso, do qual se extraía o fígado, à tintureira são-lhe retiradas as barbatanas, que têm por destino mercados do Sudeste Asiático, com relevo para Hong-Kong.

Luís Henrique Oliveira

Jovens perdidos na Arrábida

“Portugal Diário”, 10 de Abril de 2006

Dois jovens perdidos na serra da Arrábida desde hoje de manhã, estão a ser procurados por equipas de resgate marítimo e terrestre dos bombeiros de Setúbal e já foram contactados por telemóvel, disse um responsável pelas buscas.
«Os dois jovens estão bem de saúde, não estão feridos e comunicam connosco por telemóvel. O único problema é que se perderam e não conseguem descobrir o caminho para saírem do local onde estão», disse Mário Macedo, dos Bombeiros Sapadores de Setúbal.
«Fomos alertados cerca do meio-dia e activámos de imediato a equipa de resgate que vai tentar localizar os dois jovens por via terrestre e por via marítima», acrescentou o comandante dos bombeiros.
De acordo com o mesmo responsável, pelas indicações dadas aos bombeiros os dois jovens devem estar algures na zona do Risco, na fronteira entre os concelhos de Setúbal e Sesimbra.
«Julgamos que os dois jovens se encontram numa zona conhecida, onde os nossos homens fazem exercícios regularmente, e que serão localizados dentro de pouco tempo, até porque ainda temos muitas horas de luz», concluiu Mário Macedo.

Aposta continuada na juventude

“Jornal de Sesimbra”, 30 de Março de 2006

Os rotários sesimbrenses levaram a cabo mais uma acção de angariação de apoios de Norte ao sul do país para atribuição de bolsas a jovens carenciados da comunidade. Estas bolsas têm por objectivo, auxiliar a prossecução de estudos de alunos carenciados do concelho.
Esta acção culminou com a cerimónia de entrega das mesmas no passado dia 25 de Março, no auditório Mário João Sargedas, naquela que foi a sua primeira utilização oficial.
Presentes estiveram os principais intervenientes neste processo, patrocinadores e patrocinados, numa cerimónia presidida pela presidente do Rotary Club de Sesimbra, Lucília Baioneta. A sessão contou igualmente com a presença do Governador do Distrito Rotário 1960, José Manuel Pereira, Vice-Presidente da Fundação Rotária Portuguesa, Frederico Nascimento, do Presidente e Vice-Presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, Augusto Pólvora e Felícia Costa, respectivamente, assim como dos presidentes das Juntas de Freguesia de Santiago e Castelo, Félix Rapaz e Francisco de Jesus. A cerimónia teve início com a actuação do Grupo Coral de Sesimbra que interpretou quatro peças traçando uma evolução da música até aos dias de hoje. Este ano foram entregues 76 bolsas, repartidas pelos níveis de ensino secundário (25), tecnológico (19) e superior (31) e uma bolsa de mérito entregue apenas a alunos que obtenham uma média superior a 18 valores, assim como 5 diplomas de “Aluno Melhor Companheiro”. Este último, atribuído pelos colegas, destina-se a alunos que, pela sua actuação e dedicação, demonstraram ao longo do ano os ideais rotários de entreajuda e companheirismo.
Apesar da redução no número de bolsas, o Rotary Club de Sesimbra repete mais uma vez a proeza de distribuir o maior número de bolsas atribuídas por um clube rotário em todo o mundo, num esforço continuado numa aposta constante na juventude do concelho.

Projecto da Mata de Sesimbra cria 11 000 empregos

“Diário Digital”, 23 de Março de 2006

Pooran Desai, director da Bioregional, entidade parceira da World Wildlife Found, apresenta na sexta-feira o Plano Sustentável da Mata de Sesimbra, um projecto que vai criar 11.000 postos de trabalho, segundo anunciou hoje a WWF.
O projecto prevê ainda que os produtores locais abasteçam no futuro pelo menos 50% dos serviços do empreendimento sustentável One Planet Living, previsto para a zona.
O projecto da Mata de Sesimbra é pioneiro a nível mundial e será utilizado como modelo noutras iniciativas mundiais e pretende mostrar que é possível construir espaços de lazer e turismo sem prejudicar o ambiente. A WWF e Bioregional lançaram o projecto One Planet Living que prevê a criação de uma rede de comunidades sustentáveis em todo o mundo, envolvendo as mais diversas entidades, como empresas imobiliárias, autarquias e até a banca.