quarta-feira

Duo deixou várias pistas após matar jovem a tiro em Sesimbra

Jornal "Diário de Notícias", de 2 de Setembro de 2008

O autor dos disparos que mataram João Paulo Almeida, de 22 anos, na noite de sábado em Almoinha, Sesimbra, continuava a monte ao fim da tarde de ontem, mas o DN apurou que a PJ já tem em sua posse "vários elementos" que poderão permitir identificar o principal suspeito do crime nas próximas horas. Segundo fontes próximas do processo, já terão sido ouvidas todas as testemunhas, tendo sido lançada uma autêntica "caça ao homem" na Margem Sul, envolvendo as várias forças policiais.
Depois de balearem João Paulo e obrigarem, sob ameaça de uma pistola, um vizinho que estava dentro de um Renault Clio a conduzi-los durante mais de um quilómetro, os dois indivíduos terão deixado para trás várias pistas, que estão a ser aproveitadas pelas autoridades.
Um dos elementos terá mesmo dito em voz alta que queria che- gar depressa ao Barreiro. Uma fra- se ouvida pelas testemunhas que terá sido proferida pelo homem que se encontrava ferido, após ter sido esfaqueado num braço por João Paulo, antes dos disparos.
O Clio ficou com várias marcas de sangue, além de inúmeras impressões digitais, tendo ainda o duo utilizado o telemóvel do proprietário da viatura para pedir o apoio de um segundo carro - Opel Astra preto - onde se encontrava um terceiro indivíduo.
Segundo a versão policial, está em causa um ajuste de contas, devido ao negócio de um automóvel, que terá sido feito pelo irmão de João Paulo, Bruno Almeida, que trabalha numa oficina como pintor de automóveis.
Os dois suspeitos tocaram à campainha do apartamento que os dois irmãos dividem há mais de três anos em Almoinha e foi Bruno quem lhes abriu a porta, sem ver de quem se tratava. Eram dois homens armados que pediam a Bruno Almeida a "chave do carro". Ao se aperceber que o irmão estava a ser ameaçado, João Paulo, que trabalha como barman no Hotel Meridien, em Lisboa, surgiu no hall de entrada com uma faca de cozinha e atingiu um dos elementos por duas vezes, antes de ser baleado no pescoço e no peito.


Roberto Dores

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