sexta-feira

LOUÇÃ FOI A SETÚBAL DIZER QUE CAVACO VAI PERDER

"Jornal de Notícias", 6 de Janeiro de 2006

Francisco Louçã voltou ontem, ao final da tarde, à baixa comercial de Setúbal, numa arruada programada à última hora, para dar uma resposta a Cavaco Silva. "Uma das razões porque vim cá hoje é porque ouvi Cavaco Silva dizer que ia ganhar em Setúbal, e é preciso mostrar que isso não é verdade, que o povo sente de maneira diferente", explicou a muitos dos cidadãos com quem se cruzou.
Entre os habituais abraços e beijinhos da praxe, o candidato apoiado pelo BE adiantou estar convencido que o candidato de Direita "vai ser derrotado aqui em Setúbal e no país, pelo que é preciso ter capacidade para influenciar o eleitorado, mostrando que há uma visão alternativa sobre o desenvolvimento do país". Assim, o candidato bloquista afirmou estar na campanha para "disputar voto a voto com Cavaco a escolha do futuro do país", mostrando-se convencido de que "no dia 22 de Janeiro vai haver uma grande surpresa, já que Cavaco Silva está a perder votos todos os dias".
No contacto com os cidadãos que passavam na rua, Francisco Louçã ouviu, e apoiou, queixas contra a situação dos reformados, da idade legal das reformas e o encerramento de fábricas no distrito. Caso de uma mulher que se lhe dirigiu afirmando que "não vou dizer qual é o meu voto, mas temos de nos unir todos para o Cavaco não ganhar". Ele, continuou, esta cidadã, "diz que trouxe para aqui a Autoeuropa mas quantas empresas é que fecharam?".
Louçã aproveitou a deixa e a resposta veio pronta "A Renault mesmo aqui ao lado, e o pior é que os erros foram continuando, mas ninguém tem a memória curta".
Já ao idoso que acusou Cavaco de dizer "que é economista, isso não é verdade, economistas são os reformados que vivem com trinta contos por mês", o candidato bloquista deixou um conselho "Nunca se cale".
Na jornada pelo distrito de Setúbal, Louçã esteve em Sesimbra, onde se confrontou com os problemas dos pescadore, e à Serra de Arrábida. Aqui desafiou o primeiro-ministro a resolver a situação das pedreiras e lembrou que José Sócrates, quando foi secretário de Estado do Ambiente, admitiu resolver situações idênticas.

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