quinta-feira

Mal-estar leva 22 crianças de Aldeia SOS ao hospital

"Jornal de Notícias", 12 de Agosto de 2007

Vinte e duas das 30 crianças que estão a passar férias no acampamento no Meco (concelho de Sesimbra) das Aldeias SOS tiveram que receber assistência médica durante o dia de ontem, devido a uma alegada intoxicação alimentar, apurou o JN junto dos bombeiros e de uma responsável daquela instituição.
Devido ao elevado número de vítimas, os Bombeiros Voluntários de Sesimbra e o INEM montaram um posto médico no acampamento para proceder aos primeiros cuidados e fazer a triagem dos casos mais graves, explicou, ao JN, Ricardo Cruz, comandante daquela corporação.
Catorze crianças foram encaminhadas para o SAP (Serviço de Atendimento Permanente) de Sesimbra, enquanto que as restantes oito foram transportadas ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, para realizarem exames médicos. As crianças atingidas - com idades entre os 2 e os 17 anos - apresentavam falta de ar, mal-estar geral, desidratação, vómitos e diarreia. No entanto, ao final da tarde, já todas tinham tido alta médica e regressado ao acampamento.
Vera Jorge, psicóloga das Aldeias SOS, contou ao JN que os primeiros casos foram detectados durante a noite. "Duas crianças sentiram-se mal, apresentando vómitos e diarreia e foram de imediato levadas para o hospital", explicou, acrescentando que em 30 anos de colónia "foi a primeira vez que se registou uma situação deste género".
Durante a manhã, mais crianças começaram a apresentar os mesmos sintomas, tendo-se chegado a gerar alguma tensão no local, devido ao vai-e-vem de ambulâncias.
Até ontem ao final da tarde, Vera Jorge ainda não sabia o que terá provocado a intoxicação alimentar. "Tanto pode ter sido a água, como algum alimento. Nós disponibilizamos água engarrafada, mas às vezes os miúdos bebem água da rede", conta.
Adianta ainda que o jantar de sexta-feira foi bacalhau à braz, mas acrescenta que "foi feita uma vistoria aos alimentos que estão armazenados na cozinha e está tudo dentro dos prazos".
Durante a tarde, as crianças foram tendo tido alta e regressado ao acampamento. "Temos, no entanto, de nos manter vigilantes para o caso de haver alguma recaída", concluiu a responsável.


Fátima Mariano

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