"Jornal de Sesimbra", 2 de Junho de 2006
Foi no dia 4 de Maio, Feriado Municipal, que foi assinado o Acordo de Intenções entre a Câmara Municipal de Sesimbra e a Guarda Nacional Republicana (GNR), permitindo abrir as portas do espaço público da Fortaleza de Santiago à população.
“Uma cerimónia carregada de significado, num dia também com muito significado para os sesimbrenses, dia da Festa das Chagas e um dos poucos dias em que a Fortaleza era aberta ao público, em que as pessoas utilizavam as suas muralhas para assistirem à procissão.
É um acto que, a partir de agora, vai passar a ser possível todos os dias”, palavras proferidas por Augusto Pólvora, presidente da Câmara Municipal de Sesimbra. Durante muitos anos, os sesimbrenses lutaram pela devolução integral da Fortaleza. O dia marcou o início desse desejo, já que apenas os espaços públicos foram abertos à população. Segundo esclarece Augusto Pólvora, “há outras formas de conseguir aquilo que é essencial para a população de Sesimbra, que é a utilização pública do espaço e a criação de condições para o objectivo principal, que é a construção do Museu do Mar. Não poderíamos andar a discutir por mais vinte anos, se a GNR sai ou não.”
Para o Secretário de Estado da Administração Interna, José Magalhães, as actividades culturais que estão pensadas para o local podem ser conciliadas com a permanência da GNR, “é possível abrir a fruição pública de determinado espaço do forte e prosseguir a discussão para saber qual a delimitação exacta de usos de espaços necessária para contabilizar segurança interna e fruição cultural. É um esforço completamente possível desde que não tenhamos o espírito tudo ou nada”.
A preocupação inicial de José Magalhães é “garantir que o Forte seja devidamente preservado, com as novidades das tecnologias que hoje existem do ponto de vista arquitectónico e de engenharia, preservando todas as suas características únicas.”
Adiantando, que os problemas, tanto das áreas exteriores como também das áreas interiores, “estão a ser estudados e resolvidos em parceria e conjugação de esforços entre a administração central e a administração local “. O Secretário de Estado não deixou de elogiar o edifício, classificando-o de “monumento multifuncional”, que, pela sua “localização estratégica relevante”, pode vir a conciliar cultura e segurança, onde as pessoas se podem divertir, mas também estarem protegidas pela GNR.
Segundo Augusto Pólvora, muitas actividades previstas para o Verão já estão programadas para acontecerem na Fortaleza, adiantando, que, também, já há destinos para acolher as crianças da colónia de férias da GNR, com a disponibilização da Escola Primária de Sesimbra e de um terreno na Lagoa de Albufeira, assumindo a autarquia os custos da adaptação dos espaços.
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