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PCP contra portagens nas novas vias da Margem Sul do Tejo

Jornal “Sol”, de 4 de Março de 2009

A concelhia de Almada do PCP rejeitou hoje a introdução de quaisquer portagens na nova Circular Regional Interna da Península de Setúbal (CRIPS), considerando que essa medida irá prejudicar toda a população da Margem Sul
«Esta nova portagem que o Governo anuncia é mais uma medida que vem agravar as já difíceis condições de vida da população da Margem Sul» que «já é penalizada com a portagem na Ponte 25 de Abril e com os custos do transporte público que é dos mais caros da Área Metropolitana de Lisboa», defende o PCP, em comunicado.
O troço CRIPS/IC-32, assim como, o nó do Funchalinho do IC-20(Almada) e o nó de Coina(Sesimbra), incluindo a ligação à Trafaria(Almada) e a construção da estrada regional 377-2 entre a Costa da Caparica e a Fonte da Telha (Almada) são novas vias que integram a Concessão Baixo Tejo, anunciada no final de Janeiro.
Esta concessão tem como objectivos a concepção, construção, financiamento, exploração e conservação dos referidos troços.
A CRIPS/IC-32 irá ligar a Trafaria, Montijo e Alcochete e constitui «uma reivindicação antiga das populações, do PCP e das autarquias da região», referem os comunistas, recordando que o projecto já constava do Plano Inter-Concelhio de Ordenamento da Circulação mandado elaborar pelos municípios de Almada, Seixal e Sesimbra em 1983.
A concelhia de Almada do PCP diz que o projecto representa «na verdade uma subconcessão» da Rede Rodoviária Nacional, já que, quer as novas construções quer a conservação das vias actuais, passam agora da responsabilidade da Estradas de Portugal para a alçada de empresas privadas.
Quanto ao modelo de exploração, financiamento e manutenção das novas vias o PCP de Almada diz que este «compromete o futuro do serviço público» e que «penaliza» as populações da Margem Sul do Tejo com mais uma portagem (fonte de rendimento para a exploração privada destas estradas).
Os comunistas eleitos na Assembleia da república e nos órgãos autárquicos de Almada, «sempre» afirmaram «reiteradamente a exigência da concretização desta via» que actualmente «apenas» existe entre a Ponte Vasco da Gama e o nó de Coina e sem «qualquer cobrança de portagem».

No entanto, também é destacado o facto desta medida «não ter correspondência equivalente» à Margem Norte da Área Metropolitana de Lisboa uma vez que «não existe, e muito justamente, qualquer» portagem na Circular Regional Interna de Lisboa (CRIL/IC-17).
O PCP sustenta que esta decisão do Governo(introdução de portagens nos novos troços CRIPS/IC-32) «dá prosseguimento à discriminação negativa que ao longo dos anos os sucessivos governos têm assumido contra as populações da Margem Sul do Tejo».

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