domingo

Guardas Nocturnos para a freguesia do Castelo

“Jornal de Sesimbra”, de 2 de Março de 2009

Dias nove, 10 e 11 de Março as populações das zonas abrangidas pela primeira fase do projecto de implementação de guardas-nocturnos na freguesia do Castelo vão começar a ser contactadas para saber se “estão interessadas ou não” em suportar financeiramente este serviço que custar entre cinco e 25 euros. Os dois candidatos ao cargo, José Bragança Medeiros e Carlos Bragança Martins, já exercem esta profissão há quase 20 anos e têm andado ao serviço um pouco por todo o país. Viram agora, com o concurso da Câmara Municipal de Sesimbra, a melhor oportunidade de se fixarem perto de casa, já que têm residência familiar no Seixal. Quem vai “decidir” se os dois irmãos ficam por Sesimbra são os habitantes e os comerciantes de Santana, Carrasqueira, Cotovia, Sampaio, Maçã e Pedreiras que participarão na prospecção de viabilidade do serviço. Essa prospecção vai ser feita, directa e pessoalmente por José Medeiros, nos dias 9, 10 e 11 de Março, altura em que a população residente é convidada a pronunciar-se sobre a viabilidade, ou não, da existência de guardas-nocturnos já que é essa mesma população que assegurará os honorários mensais dos dois homens. A profissão é liberal e considerada como um complemento à actuação das forças de segurança. José Medeiros esclarece que “o guarda-nocturno não se sobrepõe a alguém, muito menos à autoridade implementada no concelho, neste caso a GNR, e é com eles que vamos trabalhar em estreita parceria. Administrativamente teremos, sempre, que prestar contas à autarquia, que tem sido incansável no apoio ao nosso trabalho no terreno, e em termos policiais teremos, sempre, que responder perante o comandante do posto”. Quanto ao trabalho que um guarda-nocturno pode desempenhar “vai um pouco além” da simples segurança. Uma deslocação à farmácia pode ser assumida pelos vigilantes sem qualquer custo acrescido. José Medeiros salienta que nos casos “de pessoas com alguma dificuldade de locomoção, ou pessoas idosas, elas podem requerer esse tipo de serviços e nós fazemos prontamente, sem cobrar mais por isso”. Uma vertente elogiada por Carlos Filipe Oliveira que acredita “possa ser uma mais valia para a vida dos munícipes e para a segurança no concelho”. O vereador da Protecção Civil, na autarquia de Sesimbra, está confiante na resposta positiva dos munícipes “que devem ponderar bem as vantagens deste tipo de serviço que visa zelar pela nossa segurança. Eles têm vontade de nos ajudar e nós também devemos de os ajudar a eles”, reforçou o vereador admitindo que “já pagamos muitos impostos, eu sei, e sei também que deveria ser o Estado a assumir as questões da segurança, mas uma vez que já comprovámos que isso não está a acontecer, acho que depende de nós dar um contributo para a restituição da segurança a que temos direito”.Os preços do serviço são estipulados pelos guardas, sendo que a autarquia se distancia desse processo, e podem variar entre os 5 euros para apartamentos e os 25 para o comércio. José Medeiros exemplifica que os preços variam mediante o bem que se vigia, “no caso dos apartamentos o preço ronda os cinco euros, para casas térreas/vivendas esse valor sobe para perto de 10 euros e duplica se o imóvel a segurar for um estabelecimento”. Valores que podem ser renegociados, dependendo da vontade de quem adere ao licenciamento. Os contribuintes e respectivos bens ficarão sinalizados e serão alvo de uma vigilância regular entre as 24h00 e as 06h00. Todas as informações sobre o trabalho dos guardas-nocturnos que se candidataram a exercer em Sesimbra, bem como o seu curriculum e especificidades da profissão, estão acessíveis no blogue http://gns-sesimbra.blogspot.com. Pode também obter esclarecimentos junto do serviço municipal de Protecção Civil, com gabinete no quartel dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, ou através dos números 21 228 05 21 / 93 740 59 10 / 96 901 38 81

José Medeiros

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